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Estas são conversas de um país que, estando em crise, vive apesar dela. Neste espaço fala-se de um Portugal que ainda consegue ser belo, de um GoCar feito playboy e de uma viagem que sempre quis fazer.
É amanhã. Sentir-me-ia nervoso se já tivesse tudo limpinho e pronto para a marcha mas não tenho por isso corre tudo como esperado. Por volta da hora de almoço, sigo para Vila Franca de Xira e deverei ser recebido pelo quartel do Corpo de Bombeiros local que me dará chão para dormir. Deveria, a esta hora, preparar os últimos lembretes da viagem mas vou antes beber uma cerveja. A organização é para os escritórios e por lá deve ficar.
Arranjei nome para o GoCar. É Dinis. Poderia dizer que o escolhi por ser o rei que pôs o português escrito em papel, ou o pioneiro dos descobrimentos quando teve aquela ideia do pinhal de Leiria, ou por se ter deixado levar numa queda para a poesia e para a música que me fazem pensar nele como o meu monarca favorito. A verdade é que escolhi Dinis porque, olhando para o cardápio de nomes da alta, Dinis é dos poucos que nunca tive o prazer de chamar a alguém. Nunca tive um amigo chamado Dinis, ou um conhecido chamado Dinis, ou um inimigo chamado Dinis. A partir de hoje acabou. Posso dizer que fiz a volta a Portugal com um Dinis e deverão assumir que fui com um aristocrata qualquer. Tem o inconveniente de ter de o tratar por você, porque um Dinis não se trata por tu, mas nem tudo pode ser bom.
É amanhã meus caros. Amanhã.
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